Visando solucionar a problemática financeira do Parnahyba Sport Club que parece não ter fim, a diretoria do Tubarão do Litoral foi até a capital do Ceará, Fortaleza, na semana passada para participar de uma reunião com o presidente do Banco do Nordeste do Brasil, na busca de um patrocínio. Ao chegar na sede do BNB, os diretores parnaibanos foram bem recebidos.
Além do presidente do BNB, Nelson Antônio de Souza, e do diretor do Banco do Nordeste, Luiz Carlos Everton de Farias, ainda participaram da reunião o presidente do Parnahyba, Batista Filho, o presidente do Conselho Deliberativo do Tubarão, o empresário Cazé Neves, e o deputado federal Paes Landim.
“O deputado federal Paes Landim agendou na semana passada uma visita em Fortaleza ao presidente do Banco do Nordeste, Nelson Antônio de Souza. E junto com ele estava outro diretor do banco. Na comitiva do Parnahyba estava eu (Cazé) e o presidente do clube, Batista Filho. Na nossa reunião, tratamos de trazer um patrocínio para o Parnahyba Sport Club, pois infelizmente, esse ano o time ficou sem receber aquele convênio que tinha junto a Prefeitura Municipal de Parnaíba. Dessa forma, estamos passando por sérias dificuldades financeiras”, explicou Cazé Neves.
Prefeito Florentino Neto, "vira as costas para o Tubarão"
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Ainda segundo o empresário, desde o tempo da gestão do ex-prefeito de Parnaíba, Paulo Eudes, que a Prefeitura tinha esse convênio com o Tubarão do Litoral, começando no ano de 2003. O mesmo destaca que no ano passado o prefeito Florentino Neto realizou o repasse, no entanto, em 2014 o gestor “não olhou para o clube”.
“O risco era muito grande de você contratar atletas e no final do campeonato você não ter recursos disponíveis para cumprir com os débitos. Em 2012 e 2013 tivemos muitas dificuldades com o pagamento de atletas. Infelizmente eu não consigo contato com o prefeito Florentino. Já tentei diversas vezes ter uma audiência com ele, mas todas as vezes a reunião é adiada ou cancelada. Dessa forma, nem eu nem outro diretor do clube consegue contato com o prefeito. Sempre que ele sabe que o assunto é relacionado ao Parnahyba, há um motivo de não ter essa reunião”, comentou o presidente do Conselho.
Para Cazé Neves, não há motivos para que haja todo esse imbróglio. Segundo ele, cidades como Piripiri, Barras, Campo Maior e outras do interior do Piauí e de outros estados, e até mesmo a capital Teresina, as Prefeituras Municipais dão um apoio financeiro aos clubes locais.
“Desde 2003 que temos esse elo com a prefeitura, portanto nós dependemos dela. Se fosse feito um trabalho a longo prazo e daqui a dois anos o município não fosse liberar mais dinheiro, por exemplo, aí sim teríamos que buscar outras alternativas. Mas em nenhum momento nas reuniões foi comentado isso, então temos que depender da prefeitura para montarmos um time bom para disputar as competições estaduais”, ponderou Cazé.
Válvula de escape seria o Banco do Nordeste
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Mas com relação a reunião na sede do BNB em Fortaleza, Cazé Neves disse que o Parnahyba está visando conseguir a mesma coisa que o River Atlético Clube conseguiu através do senador Ciro Nogueira. Segundo o diretor do azulino, o clube teresinense irá receber na temporada de 2015 da Caixa Econômica Federal a quantia de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) parcelados durante os doze meses do ano em R$ 100.000,00 (cem mil reais).
“O presidente do Banco do Nordeste, Nelson Antônio, como funcionário da Caixa tocou no seguinte ponto durante a nossa reunião: a Caixa Econômica Federal está financiando hoje diversos clubes do Brasil. E há uma possibilidade desse apoio financeiro ao Parnahyba começar a partir da Caixa. Mas acredito que se tiver um interesse político a coisa anda, como andou lá no River”, disse.
Uma outra alternativa seria o apoio financeiro do próprio BNB. Pois durante a reunião, o presidente do Banco do Nordeste relatou que o interesse maior do banco é apoiar clubes de cidades do interior. Parcerias essas, que ainda vão demorar um pouco para serem consolidadas. O suficiente para o presidente do Conselho Deliberativo do clube afirmar que é “inviável” a participação do Parnahyba na Copa Piauí neste segundo semestre de 2014.
“É inviável a participação do Parnahyba na Copa Piauí de 2014. Eu não sou contra o clube participar, mas a questão financeira impede que possamos montar uma equipe para disputar essa competição”, concluiu Cazé Neves, empresário e torcedor apaixonado do Tubarão do Litoral.
Por Kairo Amaral
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