Efeito suspensivo concedido ao Parnahyba será julgado pela suprema corte e decisão pode reverter título estadual; Galo pode apelar a Justiça Comum
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Depois de exatos 50 dias da final do Campeonato Piauiense, os advogados do River-PI têm os próximos três dias para dar entrada em todos os documentos necessários para o julgamento do 'Caso Eridon' pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O acórdão da suprema corte foi publicado na última sexta-feira (5) e representou o início dos trâmites da novela judicial que vai determinar qual clube é o legítimo campeão estadual do Piauí em 2013.
Assim que recebida a documentação, a presidência do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PI) reúne todos os autos do processo - composto pelo histórico do caso, o recurso protocolado pelo River-PI e uma taxa de quase R$ 1 mil - para ser dada entrada do processo geral no STJD.
- Se tudo acontecer como previsto, antes mesmo da final deste mês, teremos uma decisão definitiva deste problema. Vamos aguardar até as 18h da próxima quarta-feira (10) um posicionamento do recorrente, que no caso é o River-PI. Assim que recebermos algo, encaminho imediatamente à sede da Justiça Desportiva, no Rio de Janeiro – explicou o presidente do TJD-PI, José do Egito.
Em termos gerais, quando a presidência da suprema corte receber por meio formal o processo, este será encaminhado à procuradoria da casa, que analisa e aciona cada uma das partes envolvidas no julgamento. Assim, as representações jurídicas de River-PI e Parnahyba terão direito de defesa dos argumentos durante os trabalhos do julgamento. Depois disto, o processo retorna à mesa da presidência para que seja marcada a data da sentença.
-Estamos confiantes na resolução definitiva deste caso, que prejudicou em demasia o clube azulino. Faremos de tudo para que, durante nosso direito de apresentação da contrarrazão, façamos o juiz interpretar como justo o direito concedido ao zagueiro Eridon – assegurou Miguel Bezerra, um dos membros da comissão jurídica do Tubarão.
A tranquilidade azulina se contrasta com a esperança tricolor. Caso não seja despachado favoravelmente o recurso do Galo, o advogado tricolor Eugênio Marques não cogita a possibilidade de o caso se irradiar para a esfera comum.
- O clube tem direito de ingressar com o mesmo recurso na Justiça Comum, possibilidade prevista na Constituição. O problema é que não trabalhamos com esta hipótese, pois temos plena confiança de que, agora, o processo será julgado com toda a lisura possível.
Entenda o caso
Nas partidas decisivas da final do Campeonato Piauiense, o Parnahyba entrou em campo com o zagueiro Eridon, que havia sido julgado e condenado pelo Tribunal de Justiça Desportiva por uma agressão registrada pelo árbitro Leonardo Marques Fortes. Na partida que marcou o encerramento da fase classificatória, o jogador foi expulso aos 43 minutos do segundo tempo por “atingir de forma dolosa com uma cotovelada o meio campo do River-PI, Isael William”, como consta na súmula da partida, realizada no dia 24 de abril. O Tubarão venceu o duelo por 4 a 1.
O episódio acarretou ao jogador azulino um gancho de cinco partidas pela agressão. No entanto, a diretoria do Parnahyba protocolou um pedido de efeito suspensivo do gancho para que a suspensão do atleta começasse a ser cumprida após a decisão do torneio. Acatado pelo TJD-PI, o pedido virou motivo de discórdia entre River-PI e Parnahyba, logo após a conquista do bicampeonato estadual do time do litoral. O ‘Caso Eridon’ foi julgado por duas vezes na Justiça Desportiva piauiense favorável ao clube azulino.
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