MPF investiga situação do Tubarão; Sindicalista vê 'trabalho escravo'
Ação do Sindicato dos Jogadores Profissionais foi impetrada nesta quarta- feira (17). Se as denúncias forem comprovadas, Parnahyba sofrer sanções
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O Ministério Público Federal (MPF) deve ir ao Parnahyba,
ainda esta semana, para constatar in loco denúncias feitas pelo
Sindicato dos Jogadores Profissionais do Piauí quanto às péssimas
condições de trabalho, além do atraso salarial. As reclamações foram
feitas pelos próprios atletas que paralisaram os treinos e ameaçam não
entrar em campo no próximo sábado, quando a equipe enfrenta o Barras
pela 11ª rodada do Campeonato Piauiense.
- Só este ano são dois meses de salário atrasado. Mas, há jogadores que estão há bem mais tempo sem receber, juntando com os atraso do ano passado. E eles vivem exclusivamente disso, dependem desse dinheiro para sobreviver e manter as suas famílias. Por isso, estamos entrando com essa ação e vamos cobrar uma solução imediata – destacou Vasconcelo.
O presidente do Sindicato, porém, não se limita apenas a apontar como erro a falta de pagamento salarial. Os jogadores denunciam também problemas com a alimentação, que é de responsabilidade do clube. Os atletas tomam, no café da manhã, somente o 'cafezinho' quando deveriam receber uma alimentação adequada. As denúncias serão investigadas pelos procurados do trabalho do MPF.
- Recebemos ligações de jogadores afirmando que vários atletas passaram mal antes e após o jogo contra o ABC, pela Copa do Brasil, após descobrirem que comeram alimentos estragados. Isso pode ser considerado o trabalho escravo do século XXI, trabalhador sem salário, comendo comida estraga e trabalhando em condições inadequadas, é vergonhoso para o atual campeão piauiense – denunciou.
O GLOBOESPORTE.COM tentou falar com o presidente do Parnahyba, José Lima, sobre essa ação. Mas, não conseguiu. Em outra entrevista referente ao assunto, concedida na última terça-feira (16), o dirigente azulino reconheceu o atraso no pagamento dos salários e culpou a Prefeitura Municipal de Parnaíba, principal patrocinadora do clube. De acordo com ele, desde o ano passado, não está sendo feito repasse da administração pública para a agremiação.
- Há um problema e os jogadores têm toda razão. O problema é que a prefeitura não está cumprindo com o que promete. Só quero que o prefeito diga ‘eu pago’ ou ‘não paga’ – desabafa José Lima.
Este mês, o Parnahyba, assim como o Flamengo-PI, recebeu R$ 150 mil da cota de participação da Copa do Brasil. Questionado sobre o dinheiro, o presidente do Tubarão se limitou a relatar os gastos com passagens, hospedagem e comida. Ninguém da Prefeitura de Parnaíba foi localizado para comentar sobre o repasse.
Elenco do Parnahyba paralisou os treinos na última terça-feira (Foto: Josiel Martins)
Uma ação de procedimento preparatório foi impetrado junto ao MPF pelo
presidente do Sindicato, Vasconcelo Pinheiro. No documento, ele
solicita a garantia dos direitos dos atletas, como pagamento do salário
em dia, repasses do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e boas
condições de trabalho. Todos os dias chegam ao sindicato reclamações de
atletas do Parnahyba.- Só este ano são dois meses de salário atrasado. Mas, há jogadores que estão há bem mais tempo sem receber, juntando com os atraso do ano passado. E eles vivem exclusivamente disso, dependem desse dinheiro para sobreviver e manter as suas famílias. Por isso, estamos entrando com essa ação e vamos cobrar uma solução imediata – destacou Vasconcelo.
O presidente do Sindicato, porém, não se limita apenas a apontar como erro a falta de pagamento salarial. Os jogadores denunciam também problemas com a alimentação, que é de responsabilidade do clube. Os atletas tomam, no café da manhã, somente o 'cafezinho' quando deveriam receber uma alimentação adequada. As denúncias serão investigadas pelos procurados do trabalho do MPF.
- Recebemos ligações de jogadores afirmando que vários atletas passaram mal antes e após o jogo contra o ABC, pela Copa do Brasil, após descobrirem que comeram alimentos estragados. Isso pode ser considerado o trabalho escravo do século XXI, trabalhador sem salário, comendo comida estraga e trabalhando em condições inadequadas, é vergonhoso para o atual campeão piauiense – denunciou.
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O GLOBOESPORTE.COM tentou falar com o presidente do Parnahyba, José Lima, sobre essa ação. Mas, não conseguiu. Em outra entrevista referente ao assunto, concedida na última terça-feira (16), o dirigente azulino reconheceu o atraso no pagamento dos salários e culpou a Prefeitura Municipal de Parnaíba, principal patrocinadora do clube. De acordo com ele, desde o ano passado, não está sendo feito repasse da administração pública para a agremiação.
- Há um problema e os jogadores têm toda razão. O problema é que a prefeitura não está cumprindo com o que promete. Só quero que o prefeito diga ‘eu pago’ ou ‘não paga’ – desabafa José Lima.
Este mês, o Parnahyba, assim como o Flamengo-PI, recebeu R$ 150 mil da cota de participação da Copa do Brasil. Questionado sobre o dinheiro, o presidente do Tubarão se limitou a relatar os gastos com passagens, hospedagem e comida. Ninguém da Prefeitura de Parnaíba foi localizado para comentar sobre o repasse.
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